sábado, 9 de janeiro de 2010

POR QUE ORAR!

A Oração

A oração é uma das mais importantes actividades cristãs. Com a oração constante, praticamos caminhar bem juntos ao Senhor, o que é fundamental para o nosso êxito nos outros aspectos da nossa vida cristã. A oração também nos garante a vitória na luta contra o Maligno porque, com fé, nos entregamos ao cuidado e protecção do grande Conquistador, Jesus Cristo. O Doutor Andrew Murray disse: "Tenho a certeza que nunca compreenderemos totalmente o que a oração deve ser, enquanto a olharmos principalmente como o meio de manter as nossas próprias vidas cristãs. Se aprendermos a vê-la como a parte mais importante do trabalho que nos foi confiado, e como a pedra fundamental e vigôr de todo o nosso trabalho, então compreenderemos que nada mais há a estudar e praticar, além da arte de orar correctamente."

O pedido dos discípulos foi: "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas11:1). A arte da verdadeira oração e intercessão apenas pode ser aprendida no exemplo do Grande Intercessor Jesus Cristo. É uma escola de ensino, em que também devemos crescer em graça e sabedoria. Embora a oração seja tão simples na sua forma básica, que até a mais pequena criança pode orar, ela é também a mais elevada forma de dedicação e serviço divino para que os seres humanos são chamados.

O trabalho sacerdotal

Como sacerdócio santo, devemos compreender o que é interceder com perseverança junto do trono da graça pela salvação das almas (Lucas 18:1). O sacerdote vive apenas para a glória de Deus e salvação de almas. As suas orações não focam os seus interêsses pessoais. Nesta conformidade, devemos aprender com o nosso Sumo Sacerdote: Da mesma maneira que Cristo Se sacrificou por nós, assim nós devemos sacrificar-nos em oração no interêsse dos outros.

O Espírito Santo e a oração

A orientação na oração, vem do Espírito Santo (Romanos 8:26). Devemos submeter-nos contìnuamente à direcção do Espírito Santo para Êle controlar os nossos pensamentos, orações e toda a nossa vida. Se o não fizermos, não seremos capazes de orar aquela oração eficiente e fervorosa do homem recto, que vale muito (Tiago 5:16).

Clareza nos nossos pedidos ao orarmos

Na oração, os nossos pedidos devem ser específicos e claros. O Senhor Jesus pergunta: "Que quereis que faça por vós?" (Marcos 10:36). As nossas orações não devem ser vagas e sem finalidade. Não devemos apenas fazer orações gerais, como pedir o perdão dos nossos pecados, mas sim mencionar os nossos pecados e faltas pelos seus nomes (1 João 1:9). No nosso labor de interceder pelos outros, devemos também evitar as orações pouco claras para a salvação de almas, e os pedidos da bênção de Deus para toda a gente na terra. Êste tipo de oração não é dirigido a um específico país, comunidade, família, individuo ou problema, e daí resulta que não poderemos saber onde procurar resposta aos nossos pedidos.

A oração pessoal

Todo o Cristão deve manter um relacionamento pessoal de oração com o Senhor Jesus. Procurai arranjar tempo e um lugar onde possais falar a sós com o Senhor (Mateus 6:6). A oração pessoal é uma fonte secreta de poder nas nossas vidas. Quando a praticamos contìnuamente, o Senhor Jesus abençoar-nos-á em público. Quando estamos com outros e temos de enfrentar tentações e ataques pelos adversários, Êle fortalece-nos espiritualmente, dando-nos a vitória em Seu nome. E então, os nossos amigos, membros de família e colegas percebem que possuimos um nível de auto-domínio, calma, confiança, determinação, sinceridade e firmeza de princípios, que podem vir apenas do Senhor.

A oração em grupo

Há uma bênção especial para as reuniões de oração (Mateus 18:19-20). Um filho de Deus não só necessita da oração secreta, mas também da oração pública com outros crentes. O mesmo Espírito junta-nos como membros do mesmo corpo, e por essa razão devemos funcionar juntos como grupo, e juntos trabalhar para a realização de objectivos comuns. Na Escritura citada acima, torna-se óbvio que devemos estar de acôrdo a respeito de um assunto específico. Devemos descobrir o valor da oração em grupo e praticá-la, tendo em consideração que cada pessoa deve concordar no seu coração, quando outro membro do grupo louva o Senhor e Lhe dirige pedidos. Portanto, uma reunião para oração não consta em si, de um agregado de oradores individuais, mas sim da participação de cada um em todas as orações dirigidas ao Senhor.

A certeza da resposta às orações

É o próprio Senhor Jesus quem garante as orações dirigidas em Seu Nome (João 14:13; veja João 16:23; Mateus 7:7-8; Marcos 11:24). As promesas bíblicas relativamente à resposta às nossas orações são condicionais, e é no interêsse de cada um de nós estudá-las e obedecer-lhes: Os pedidos na oração devem ter por fim a glorificação do Pai (João 14:13: Mateus 6:9-10). E devem estar de acôrdo com a Sua vontade (1 João 5:14; Romanos 8:27). As nossas vidas e desejos devem estar centradas em Cristo, e as Suas palavras nos nossos corações, de forma a podermos evitar motivações egoístas (João 15:7; Tiago 4:3). A oração deve ter por fim uma vida de pureza e de serviço produtivo no Senhor (1 Tessalonicenses 4:3-7; João 15:16). Uma vida santa é condição para vermos as nossas orações respondidas (1 João 3:22). Temos de no coração perdoar os outros, quando pedimos ao Pai o perdão dos nossos pecados (Marcos 11:25-26). Um coração que não perdoa e o ressentimento, prejudicarão a resposta às nossas orações. E devemos também orar com fé, nada duvidando (Hebreus 11:6; Tiago 1:6-8).

Temas para a oração

O que segue são indicações de temas para a oração:

Louvor – Louvar ao Senhor pela Sua grandeza, bondade e compaixão. Louvar o Seu Nome e reverenciá-l'O. Usar versos dos Salmos para êsse fim, por exemplo Salmo 103.

Agradecimento – Dar graças a Deus sinceramente, por tudo quanto Êle fez para a salvação da humanidade caída e também pela nossa salvação pessoal. Exprimir-Lhe a nossa gratidão por todas as promessas maravlhosas contidas na Sua Palavra. Êle prometeu nunca nos deixar ou abandonar, suprir todas as nossas necessidades de acôrdo com a riqueza da Sua graça, e estar sempre conosco, mesmo até ao fim dos séculos.

As necessidades dos santos – Orar pela provisão das necessidades dos santos (Efésios 6:18), pela sua protecção contra os ataques de Satanás, que o Senhor lhes abra portas no ministério da Sua Palavra e também lhes dê ousadia na proclamação do mistério do evangelho a um mundo perdido (Efésios 6:19).

As nossas necessidades pessoais – Dizer so Senhor das nossas necessidades por meio da oração e da súplica, com agradecimento pela Sua resposta (Efésios 4:6). Se tivermos pecado, confessar o pecado ao Senhor (Salmo 51:3-17).

Pela salvação de almas – A salvação dos pecadores é a grande finalidade da vinda do Senhor ao mundo (Lucas 19:10), e nós devemos orar instantemente pela sua realização. Oremos também para que o Senhor envie trabalhadores para a Sua colheita (Mateus 9:37-38).

Santificação e reavivamento – A santificação é a vontade de Deus para todos os Seus filhos (1 Tessalonicenses 4:3; 1 Pedro 1:14-16). Orar por uma vida santa e vitoriosa e também por reavivamento nas congregações e igrejas apóstatas (Apocalipse 2:4-5).

Cura das nossas doenças – O Senhor Jesus também deseja curar os nossos males físicos (Tiago 5:14). E nós vivemos num mundo alquebrado e a morrer, em que os Cristãos também adoecem e sofrem aflições, sem que tal facto esteja sempre relacionado com pecado. Em alguns casos as pessoas são curadas (Actos 28:9) e noutros não (2 Coríntios 12:7-10; 2 Timóteo 4:20). O Senhor pode curar pessoas directamente, mas muitas vezes utiliza a ciência médica para êsse fim. Devemos contentar-nos com a nossa condição, depois de termos orado por ela. Algumas pessoas que não foram curadas continuam a ser poderosas testemunhas do Senhor.

Poder para vencer nas batalhas espirituais – Orar pelas nossas batalhas contra a carne, o mundo, o Diabo e o pecado (Mateus 6:13; 26:41; Tiago 4:7).

Pelo govêrno – Orar pela salvação dos chefes do nosso govêrno e seus subordinados (1 Timóteo 2:1-4). Nesta Escritura torna-se evidente que não precisamos orar por bênçãos sôbre um govêrno sem Deus, mas sim pela salvação das suas almas e que os governantes não criem situações insustentáveis aos seus súbditos. O Senhor pode transformar o mau conselho de qualquer governante, levando-o a tomar decisões que estejam de harmonia com a Sua vontade e com as orações dos Seus filhos (Provérbios 21:1).

A salvação de Israel e a paz de Jerusalém – Orar pela restauração física e espiritual de Israel (Ezequiel 36;22-25). Devemos orar também pela paz de Jerusalém, porque os ataques do inimigo são dirigidos especialmente a esta cidade (Salmo 122:6, veja-se Isaías 62:6-7).

Chuva e bênçãos materiais – Deus manda a chuva (Jeremias 14:22) e também a retira, se um povo cai no pecado e na rebelião (Jeremias 3:2-3). Quando se suplica por chuva, tal pedido deve ser acompanhado de arrepentimento pessoal, da congregação e nacional.

A segunda vinda e o milénio – A oração e desejo de todo o crente, deve ser para que Jesus Cristo venha de novo em breve, para revelar e estabelecer na terra o Seu govêrno de justiça (Mateus 6:10; Actos 15:16-17; Apocalipse 11:15). Jerusalém será então a capital do Mundo e Satanás será amarrado (Isaías 2:2-4; Jeremias 3:17; Zacaria 8:20-22; Apocalipse 20:2-4).

Aviso contra orações falsas

Somos avisados contra as falsas orações, que são feitas com o propósito errado do prazer e de nos enriquecer (Tiago 4:3), e contra as orações pagãs de contínua repetição de palavras (Mateus 6:7). A meditação e o uso de mantras são também uma forma pagã de oração, que não deve ser praticada. Estas “orações silenciosas” são chamadas “orações contemplativas”.

Compromisso pessoal

Louvado seja Deus, que não temos de O servir e adorar através da mediação e sacerdotes, mas que cada um de nós se pode aproximar do trono da graça em oração. Sinto-me cheio de alegria por êste novo e vivo caminho que o Senhor Jesus consagrou para mim com a Sua morte na cruz através do véu aberto (Hebreus 10:19-20). Prometo aproximar-me d'Êle desta maneira, mencionando os meus pedidos e desejos em frente ao trono do Senhor e dirigir-Lhe a gratidão e louvor do meu coração. Agradeço-Lhe o previlégio de poder orar com toda a súplica no Espírito (Efésios 6:18), e por Êle ser presença muito real de auxílio nas horas difíceis (Salmo 46:1; 65:2). Êle convida todos quantos labutam e estão sobrecarregados, a vir até Si (Mateus 11:28) para a resposta às suas orações, para descanso n' Êle, e também para obter graça e poder para lutar a boa luta da fé (1 Timóteo 6:12).