Descoberta de proteínas que atuam no conserto das quebras nas fitas do DNA tem grandes implicações para pesquisas sobre o câncer
Os investigadores da University of Yale, nos Estados Unidos,
identificaram mecanismos-chave usados para reparar rupturas nas cadeias
de DNA, uma questão fundamental na biologia, com implicações para a
investigação do câncer.
Cromossomos
estão constantemente sob ataque das ameaças ambientais, como a radiação
e, como consequência, sofrem interrupções nas fitas de DNA. Se deixadas
sem conserto, essas quebras de DNA podem levar ao desenvolvimento de
câncer. O processo de reparação da ruptura é tão complexo que intrigou
cientistas por décadas.
Em
um artigo publicado na revista Nature, a equipe de Yale e colaboradores
da Baylor School of Medicine identificaram 10 proteínas cruciais para o
processo e definiram como essas proteínas interagem para iniciar a
reparação das rupturas.
"Demorou
20 anos para chegar a este ponto, e este trabalho abre caminhos para
que possamos esclarecer o mecanismo detalhado do processo de reparação
das quebras e, certamente, nos manter ocupados por muitos mais anos",
disse o autor sênior do estudo, Patrick Sung. "Isso tem grande
relevância para a investigação do câncer, porque quando esse caminho não
está operando, o câncer pode aparecer."
Diversos
trabalhos nos últimos dois anos têm identificado genes envolvidos na
reparação da quebra cromossômica e ajudaram a equipe de Yale a
identificar as proteínas envolvidas nesse processo. A equipe de pesquisa
foi capaz de purificar as proteínas e estudar seus papéis individuais
no processo de reparação.
"Agora somos capazes de fazer perguntas muito mais detalhadas sobre esses mecanismos", disse Sung.
O
estudo abre pistas para inúmeros pesquisadores do câncer. Por exemplo,
as mutações nos genes BRCA2 e PALB2, que conferem um maior risco de
câncer de mama e outros tipos, foram associadas a defeitos no reparo da
quebra de DNA.
O conteúdo das notícias é de responsabilidade de seus respectivos autores e veículo de comunicação, não refletindo necessariamente a opinião do Ministério Deus Vive.
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