COMO DEUS VÊ A
MULHER?
Tomemos nota dos seguintes versos:
E as mulheres que tinham vindo com Ele desde Galiléia seguiram atrás, e viram o
sepulcro e como foi colocado o corpo. (Lucas 23:55 LBLA)
Todos estes estavam unânimes, entregados de contínuo à oração junto com as
mulheres, e com Maria a mãe de Jesus, e com os irmãos dEle. (Atos 1:14 LBLA)
Vou preparar a cena descrevendo como eram vistas as mulheres antes da vinda de
Jesus. Por conseguinte, situemo-nos em Israel nos dias antes do nascimento de
Cristo.
Os judeus tinham uma visão um tanto difusa a respeito da mulher. Não lhes era
permitido receber educação alguma, em conseqüência eram bastante incultas. As únicas
coisas que sabiam fazer era criar aos filhos e manter a casa.
Também as mulheres estavam um tanto excluídas da adoração a Deus. No templo de
Herodes, tinha um pátio exterior onde podiam estar, era este chamado o
"Pátio dos Gentios". Os gentios podiam entrar nesse pátio e estavam
limitados somente a essa área. Cinco degraus acima desse pátio dos gentios
encontrava-se o "Pátio das Mulheres". As mulheres estavam limitadas
somente a essa área. Quinze degraus acima deste pátio encontrava-se: o
"Pátio dos Homens" judeus. Assim lhes era dado um privilégio bem
maior para adorar a Deus que às mulheres.
Uma mulher não tinha poder de decisão em
seu casamento. O pai decidia com quem tinha que se casar, quando devia se
casar e porque tinha que se casar. A mulher não podia se divorciar de seu
esposo sob nenhuma condição. Somente o homem podia iniciar o divórcio.
A mulher judia devia ser vista em público o menos possível; de fato, eram
advertidos aos jovens a não falar em público com mulheres, a tal ponto, que era
uma vergonha, na antiga Israel, o que um homem falasse em público com uma
mulher.
Conseqüentemente, as maiorias das mulheres não saíam às ruas. Eram consideradas
inferiores aos homens. Eram uma propriedade igual ao gado e os escravos. Uma
mulher era vista como posse exclusiva do homem e não podiam herdar
propriedades.
Os homens judeus diariamente oravam
dando suas ações de graça.
Vou ler-lhes esta oração.
Mostra a pouca estima que o homem judeu tinha para a mulher. Diz assim:
- Louvado seja Deus, que
não me criou gentil.
- Louvado seja Deus, que
não me criou mulher.
- Louvado seja Deus, que
não me criou homem ignorante.
Este era o ponto de vista do homem judeu do século primeiro para a
mulher. Não era muito melhor em outras culturas. De fato, desde a
queda do homem, a mulher sempre foi considerada como uma cidadã de segunda
categoria – inferior ao homem.
Mas algo sucedeu que fez mudar isto… Cristo
veio!
Em Jesus Cristo encontramos a visão que Deus tem sobre a mulher. Não do ponto
de vista do homem. Não do ponto de vista do americano. Não do ponto de vista do
europeu. Não do ponto de vista do asiático, nem do africano, nem do
sul-americano. Nem sequer o ponto de vista chileno. Senão o ponto de vista de
Deus!
Jesus Cristo é Deus feito carne. Portanto, Ele expressa o coração de Deus. Em
Sua vida terrena, Jesus Cristo era a expressão visível de Deus em pessoa. Assim
em suas ações e em suas palavras, encontramos o ponto de vista de Deus a
respeito da mulher. E este ponto de vista é extremamente contrário ao mais
prevalente ponto de vista daquela época.
Consideremos isto. Deus visitou a uma mulher. Ele elegeu a uma mulher para
trazer a este mundo a Seu Filho, o Messias – O Ungido de Deus – que Israel
estava esperando a milhares de anos.
Ele determinou que Seu Filho unigênito viesse a este mundo por meio de uma
mulher. A vida de Deus, irmãos e irmãs, foi, em primeiro lugar, colocada no
seio de uma mulher antes de chegar a nós. Antes que a vida de Deus fosse posta
em algum outro ser humano, antes que a
vida de Deus fosse posta em outro homem, foi em primeiro lugar colocado dentro
de uma mulher. E Deus não se sentiu envergonhado por isso!
Irmãs, este é o ponto de vista de Deus
sobre a mulher. Tomem o alto lugar que lhes corresponde.
Mas isto não é tudo. Durante seu ministério, Jesus Cristo fez em pedaços todas
as convenções sociais que eram colocadas em frente à mulher. Numa ocasião, Ele
se levantou em defesa de uma mulher acusada de adultério. Converteu-se em seu advogado. Ele salvou sua vida. E Deus não se
envergonhou por isso.
Era sabido que Cristo se juntava com pecadores, comia com prostitutas e
coletores de impostos. Diz-nos no capítulo 4 de João encontrou-se com uma
mulher que era de Samaria e Ele fez algo que deixou assombrados os seus
discípulos.
Falou com ela em público! E
não se envergonhou por isso!
Mas não somente era uma mulher, senão que também era divorciada. E não somente
era divorciada senão que também era uma adúltera vivendo em adultério.
Não somente era uma mulher, uma divorciada, uma adúltera vivendo em adultério,
senão que era pior que um gentil: era uma samaritana – uma mulher de baixa
casta. Um samaritano era uma pessoa à que nunca um judeu lhe dirigia a palavra.
Mas nosso Senhor falou em público a esta mulher samaritana, divorciada e
adúltera e perdoou-lhe seus pecados. [e revelou-se a ela como o Messias].
E não se envergonhou por isso.
Irmãs; tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus
sobre a mulher.
E ainda não é tudo. Em Suas parábolas, Jesus Cristo tinha por costume converter
às mulheres em heroínas. Falou a respeito da mulher que buscou sua moeda
perdida. Falou da mulher que foi incansável com o juiz injusto e a honrou por
seu perseverança. Falou da viúva que depositou no templo uma pequeníssima
quantidade de dinheiro, o único que tinha, e a engrandeceu por assim o fazer. E
não lhe deu vergonha.
Irmãs; tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus
sobre a mulher.
Em certa ocasião, quando Jesus ceava com um fariseu de renome, entrou uma
mulher. Mas esta não era uma mulher comum. Era uma mulher da rua – uma
prostituta.
Ao ver ao Senhor, deixou-se cair de joelhos e extraiu todas suas poupanças.
Sacou todas as posses que tinha neste mundo na forma de um frasco de azeite de
incalculável valor, o rompeu o derramando sobre os pés de nosso Senhor.
Esta mulher impura tocou a Jesus Cristo! Em público!
A mulher chorou, lavando
os pés de Jesus Cristo com suas lágrimas e secando-os com seus cabelos.
Este ato escureceu a mente do pretensioso fariseu e nesse momento, perdeu todo
o respeito que tinha por Jesus chegando a duvidar que Ele fosse um profeta.
Mas Ele não se envergonhou!
Irmãs; tomem o alto lugar
que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.
Mas isto também não é tudo. Vosso Senhor permitiu a uma mulher impura que lhe
tocasse a borda de Sua túnica e não se envergonhou por isso. De fato, louvou-a
por tê-lo fato! Do mesmo modo deu a uma mulher Cananéia, os que eram
considerados como cães aos olhos dos israelitas, um dos mais altos elogios que
Jesus deu. Do mesmo modo sanou a sua filha e também não envergonhou-se por
isso.
Nas últimas horas do Senhor na terra, ficou numa pequena vila chamada Betânia.
Foi ali onde passou nos últimos dias dantes de dar Sua vida no Calvário. Jesus
foi à casa de duas mulheres que habitavam em Betânia. Elas eram Suas amiga e
como tal lhe receberam e Ele não se envergonhou por isso.
Irmãs; tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus
sobre a mulher.
Quando Lucas escreve seu evangelho, fala dos doze apóstolos. Com freqüência,
referindo-se a eles, utiliza a abreviatura “os Doze”. Esses homens estiveram
com o Senhor por três anos e meio. Viveram com Ele e lhe seguiram a todas as
partes onde foi. Mas Jesus também tinha um grupo de mulheres que lhe seguiam em
adição aos Doze. Lucas também utilizou uma abreviatura para se referir a elas.
Simplesmente chamou-as “as Mulheres”. Ele utiliza esta palavra na mesma forma
que utiliza os Doze. Elas eram as discípulas do Senhor. Eram Suas seguidoras
iguais aos Doze. As Mulheres seguiam ao Senhor por onde queira que Ele for e
lhe atendiam em Suas necessidades. Cuidavam-lhe e em nenhum momento Ele se
sentiu envergonhado por isso.
Irmãs; tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus
sobre a mulher.
Mas ainda há mais. Os maiores discípulos de Jesus Cristo não foram os Doze.
Foram as Mulheres.
A razão?
Porque elas lhe foram mais
fiéis.
Quando Jesus Cristo foi levado à morte, os doze desapareceram. Desvaneceram-se.
Disseram-lhe “até a vista, amigo”.
Mas as mulheres estiveram com Ele!
Não lhe abandonaram.
Seguiram-lhe até o
Calvário fazendo o que sempre tinham feito: confortar-lhe.
E viram-lhe passar por uma
sangrenta e mortal crucificação.
Seis horas de tortura.
Ao ver um homem passar pela mais miserável e penosa morte é algo que vai na
contramão de até a mais pequena fibra que mora no corpo de uma mulher. Não
obstante, não lhe abandonaram. Estiveram com Ele todo esse tempo e Ele não se
envergonhou por isso.
Irmãs; tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus
sobre a mulher.
Após Sua morte, foram as Mulheres quem foram em primeiro lugar ao seu enterro.
Elas lhe seguiam e lhe cuidavam até após Sua morte.
E quando ressuscitou, as primeiras caras que Ele viu – os primeiros olhos que
lhe viram – foram os olhos das Mulheres.
Foi a elas a quem lhes foi dado o privilégio de anunciar Sua ressurreição… e
não se envergonhou por isso.
Irmãs; tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus
sobre a mulher.
No dia de Pentecostes as mulheres estavam presentes no aposento superior –
esperando Sua volta – junta aos Doze. Elas nunca lhe abandonaram. Quando os
homens não lhe estão seguindo mais, elas o fazem. Seguiram-lhe até o final. Sua
paixão e dedicação para com Ele escureceu à dos homens… e Deus não se
envergonhou por isso.
Por toda a vida do Senhor, foram as mulheres as que se cuidaram de Suas
necessidades físicas. Foram as mulheres as que lhe cuidaram inclusive até o
amargo final de seu glorioso clímax. Não foram os homens, senão as mulheres as
que apoiaram a Jesus financeiramente durante Seu ministério.
Lucas 8
1 Depois disso Jesus ia
passando pelas cidades e povoados proclamando as boas novas do Reino de Deus.
Os Doze estavam com ele, 2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de
espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído
sete demônios; 3 Joana, mulher de Cuza, administrador da casa de Herodes;
Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-los com os seus
bens.
Elas eram indispensáveis para Ele… e não se envergonhava por isso.
Mas para além de todas essas coisas maravilhosas que o Senhor fez para mostrar
a beleza da mulher, Ele fez algo mais.
Ele te elegeu a ti – uma mulher – como mostra, para nos dizer por quem tinha
vindo morrer nesta terra: Sua Esposa. E também não deu-lhe vergonha!
Irmãs; tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus
sobre a mulher.
Irmãos; honrem as suas irmãs no Reino de Deus. Pois Deus honra-lhes a elas.
Permitam-me recordar-lhes que quando Deus extraiu a Eva de Adão, Ele não o fez
de seus pés nem de sua cabeça, senão de seu lado.
Irmãs, vocês sois as parceiras herdeiras no Reino de Deus. Vocês sois as
parceiras sacerdotisas na igreja. Sois honradas. Sois queridas. Sois valiosas.
Sois necessárias. Em Cristo não há homem nem mulher. Sois Suas amigas, Suas
seguidoras, sim, sois de Sua própria classe.
Por conseguinte, irmãs; tomai o alto lugar que vos corresponde… pois assim é
como Deus vos vê.
Por Frank Viola
Nota: Esta é a tradução de uma mensagem dada por Frank Viola a uma nova igreja plantada em Santiago, Chile, no dia 31 de Dezembro de 2001.
Após esta mensagem, se esta fita sair daqui e alguém a escuta neste país, serei definitivamente condenado como herege. Quiçá até ponha minha vida em perigo. E o que é mais, após a mensagem desta noite, alguns dos homens aqui presentes não desejará que regresse.
As mulheres, não obstante, pedirão que me mude a este país!
Simplesmente obedeça ao Senhor como José, pois: “O Senhor estava com ele, e tudo o que fazia o Senhor prosperava.” (Gênesis 39:23).
Na fé!
G.M.A. MINISTÉRIO DEUS VIVE ®...