quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

21 de Janeiro Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa


21 de janeiro é comemorado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. 

Líderes religiosos de Salvador se reuniram para marcar o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa neste sábado (21). Para católicos, espíritas, evangélicos e adeptos do candomblé, as diferenças de crenças precisam ser respeitadas para que exista uma convivência pacífica entre as religiões.

O ato ecumênico reuniu representantes das principais religiões, além de integrantes do movimento negro e do poder público, durante manhã, no salão nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no bairro do Canela.

Este sábado é o Dia Nacional e também Municipal de combate à intolerância religiosa. A data foi criada para lembrar a importância da convivência pacífica entre as diferentes crenças. “A importância do movimento espírita estar participando deste evento é trazer a visão da doutrina espírita, que propugna a liberdade religiosa”, diz Suzana Dias, diretora da Federação Espírita da Bahia.
“Estar presente aqui nesse dia significa a confirmação da igreja católica em um gesto bonito como esse de afirmação das identidades das diversas religiões e do convívio fraterno entre elas”, opina o padre Adriano Portela, da Paróquia Sagrada Família.

“Somos todos irmãos, filhos do mesmo Deus, do mesmo pai, não há lugar no plano divino para a intolerância religiosa”, afirma o pastor Djalma torres, da Igreja Batista.
O presidente da Fundação Palmares, ligado ao Ministério da Cultura, Eloi Araújo, participou do evento. Para ele, a criação do Estatuto da Igualdade Racial em 2010, já foi um avanço na luta contra a intolerância religiosa, mas ele reconhece que outras medidas precisam ser implementadas. “Combater a intolerância é uma ação que tem que ter o marco legal e o envolvimento da sociedade. O governo brasileiro tem atuado de uma forma intensa. É um processo conjunto, onde todos ganhamos. O governo e a sociedade construindo a liberdade religiosa, construindo o respeito a todas as religiões que têm sede em nosso país”, pontua.

Para mãe Stela de Oxóssi, ialorixá de um dos mais tradicionais terreiros da Bahia, o Ilê Axé Opô Afonjá, as diferenças precisam ser respeitadas em nome da religiosidade. “O ser humano que pensa bem, nem quer se lembrar que existe esse negócio de discriminação, porque isso aí não faz parte do religioso. É falta de informação, de discernimento, de conhecimento, porque quem tem profundo [pensamento] nem pensa nessas coisas”, conclui.

Fonte: G1 , 21/01/2012

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