21 de janeiro é comemorado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
Líderes religiosos de Salvador se reuniram para marcar o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa neste sábado (21). Para católicos, espíritas, evangélicos e adeptos do candomblé, as diferenças de crenças precisam ser respeitadas para que exista uma convivência pacífica entre as religiões.
O ato
ecumênico reuniu representantes das principais religiões, além de
integrantes do movimento negro e do poder público, durante manhã, no
salão nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no
bairro do Canela.
Este sábado é o Dia Nacional e também
Municipal de combate à intolerância religiosa. A data foi criada para
lembrar a importância da convivência pacífica entre as diferentes
crenças. “A importância do movimento espírita estar participando deste
evento é trazer a visão da doutrina espírita, que propugna a liberdade
religiosa”, diz Suzana Dias, diretora da Federação Espírita da Bahia.
“Estar presente aqui nesse dia significa a confirmação da igreja
católica em um gesto bonito como esse de afirmação das identidades das
diversas religiões e do convívio fraterno entre elas”, opina o padre
Adriano Portela, da Paróquia Sagrada Família.
“Somos todos
irmãos, filhos do mesmo Deus, do mesmo pai, não há lugar no plano
divino para a intolerância religiosa”, afirma o pastor Djalma torres,
da Igreja Batista.
O presidente da Fundação Palmares, ligado ao
Ministério da Cultura, Eloi Araújo, participou do evento. Para ele, a
criação do Estatuto da Igualdade Racial em 2010, já foi um avanço na
luta contra a intolerância religiosa, mas ele reconhece que outras
medidas precisam ser implementadas. “Combater a intolerância é uma ação
que tem que ter o marco legal e o envolvimento da sociedade. O governo
brasileiro tem atuado de uma forma intensa. É um processo conjunto,
onde todos ganhamos. O governo e a sociedade construindo a liberdade
religiosa, construindo o respeito a todas as religiões que têm sede em
nosso país”, pontua.
Para mãe Stela de Oxóssi, ialorixá de um
dos mais tradicionais terreiros da Bahia, o Ilê Axé Opô Afonjá, as
diferenças precisam ser respeitadas em nome da religiosidade. “O ser
humano que pensa bem, nem quer se lembrar que existe esse negócio de
discriminação, porque isso aí não faz parte do religioso. É falta de
informação, de discernimento, de conhecimento, porque quem tem profundo
[pensamento] nem pensa nessas coisas”, conclui.
Fonte: G1 , 21/01/2012
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